Eleições no Brasil

No último mês o povo brasileiro foi submetido a intensa propaganda eleitoral, numa campanha marcada por muito cinismo.

Desde os profissionais do palanque até os iniciantes, muitos representaram personagens e repetiram falas treinadas para seduzir os eleitores. Nesse espetáculo teve de tudo um pouco.

Teve quem falou mais do oponente do que das próprias propostas.

O mentiroso contumaz que, na tentativa de se reeleger, apresentou uma narrativa fantasiosa de suas ações na política.

Candidato que defendeu questões morais, incompatíveis com sua biografia, sem apresentar propostas para melhorar a vida do povo.

Candidato que disse não ser político.

Político conhecido que apadrinhou um novato dizendo “quem confia em mim deve confiar nele”.

O político profissional que, embora nada tenha de significativo pelo bem- estar da população, orgulhou-se em dizer que está na política há muitos anos e sabe como fazer.

O candidato que se apresentou como o melhor, alegando ter experiência e saber o que é bom para a população, mas esqueceu de sua participação em ações políticas que retiraram direitos de trabalhadores e de aposentados.

O combatente, que gastou seu tempo atacando um oponente ou um partido.

O candidato que se apresentou como representante dos interesses do povo, esquecendo que são parte do povo os trabalhadores que, em outros tempos, ele ofendeu e prejudicou.

O pastor que usou o nome de Deus para apresentar seu apadrinhado.

A esposa de político que apresentou como único apelo o laço conjugal.

O filho de político que se mostrou confiante como se tivesse o direito natural de manter a dinastia.

Participante de reality show.

Xerife do consumidor.

Médico, que há muito tempo não atua na profissão, com estetoscópio pendurado no ombro.

O humorista que parodiou o cantor famoso, debochando do cantor e do povo.

Candidato que rimou seu nome com o cargo pretendido: ” Vote em fulano de tal para deputado federal”.

Candidato que usou o famoso jargão: “Defendo a saúde, a segurança e a educação”, sem apresentar proposta concreta.

O defensor da fé, dos autistas, dos animais, das mulheres, dos trabalhadores, dos empreendedores, dos aposentados, do meio ambiente, …

Neste dia 2 de outubro de 2022, o povo terá a grande missão de decidir quem será protagonista no espetáculo maior: a consolidação da DEMOCRACIA.

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